Bicicletas e Mobilidade Urbana no Brasil

A Mobilidade Urbana Sustentável tornou-se uma das principais preocupações das políticas públicas abordadas no Brasil, devido a grande dificuldade de locomoção pela cidade provocada pelo intenso trânsito de veículos na malha viária brasileira. E não é de hoje que o assunto está em pauta, este tema vem sido abordado desde o ano de 1995,  com a apresentação de projeto de lei (PL 694/95) pelo então deputado Alberto Goldman, que instituía diretrizes nacionais para o transporte coletivo urbano. Durante a tramitação na Câmara, outros projetos se juntaram a esse, como o PL 1.687/07, do Poder Executivo, que estabelecia uma proposta mais geral de mobilidade urbana. Em 2010, a Câmara encaminhou um substitutivo para apreciação do Senado (PLC 166/10), que foi aprovado em dezembro de 2012. Esta lei aplica-se aos municípios com mais de 20 mil habitantes, nos quais devem apresentar um Plano de Mobilidade urbana, integrado ao Plano Diretor da cidade, previsto no Estatuto da Cidade. A lei de Mobilidade urbana estabelece princípios e diretrizes para que os municípios planejem um sistema de transporte e infraestrutura viária para a circulação de pessoas e cargas, capaz de atender à população e contribuir para o desenvolvimento urbano sustentável. 
Portanto um dos recursos mais adequados para a implementação definitiva do Plano de Mobilidade Urbana, seria o uso da bicicleta como um dos principais meios de locomoção na cidade, recurso esse reconhecido em várias partes do mundo como o meio mais sustentável de transporte, ainda que de diferentes formas e razões.

Além de contribuir para o meio ambiente, a bicicleta pode ser considerada um fator de inclusão, devido ao preço acessível e baixo custo de manutenção, estando dentro do orçamento da maior parte da população brasileira. Sua infraestrutura, muitas vezes realizadas através de ciclofaixas também possuem um baixo custo de implementação e manutenção.
Entretanto, em algumas cidades como São Paulo, a efetivação das bicicletas nas malhas viárias da cidade não tem sido vista com bons olhos. Boa parte da população vêm criticado a inclusão das ciclovias no município, alegando que foi investido muito dinheiro público na implementação mas não há ninguém usando, ou até mesmo dizendo que as bicicletas estão aumentando o trânsito na cidade, dificultando o deslocamento. Isso mostra que ainda há muita ignorância em relação à esse assunto.
Segundo uma reportagem de um jornal paulista de grande circulação, o trânsito em São Paulo diminuiu 16,6% à tarde e 6,6% pela manhã, após a inclusão das ciclovias na malha viária do município.
Veja abaixo um vídeo feito pelo canal Mobilidade Linda falando sobre o assunto: