sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Masdar, cidade do futuro



Masdar é uma cidade planejada próxima a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que ainda está em construção. Localizada no meio do deserto, o projeto começou em 2006 e, contando com 22 bilhões de euros, a ideia é transformar este pedaço de terra em uma cidade futurista.
A tecnologia utilizada para construir a cidade do futuro está relacionada, principalmente, com a sustentabilidade. Além de sistemas que transformam a energia solar em energia elétrica para abastecer toda a cidade, o projeto também conta com sistemas de energia eólica, geotérmica e de hidrogênio. Carros elétricos e públicos, trens automatizados e não poluentes são algumas das opções de transporte que a cidade irá oferecer.



Os prédios, as ruas e tudo mais, são construídos de modo a criar uma cidade que não precise de carros, com controle inteligente de clima e que seja tão auto-sustentável quanto for possível, usando formas de energia limpas, como a solar e a eólica, e reciclando tudo, incluindo a água.



Muito do que é necessário para que essa estrutura funcione é ainda apenas teórico, por esse motivo é também parte do projeto que a cidade seja um pólo de desenvolvimento dessas tecnologias, oferecendo a possibilidade de desenvolvimento e teste em escala real das aplicações necessárias, podendo  ser exportadas para a  aplicação em cidades por todo o mundo. Um grande número de empresas de todo o globo, além de institutos de pesquisa como o MIT, fazem parte do projeto.
Atualmente, apenas um seleto grupo de aproximadamente 100 estudantes habita a cidade, número que será ampliado para mais de 500 quando a segunda fase do plano de construção for concluída, até o fim desse ano. Também até o final do ano, o conglomerado alemão de engenharia, Siemens, será a primeira empresa privada a iniciar operações por lá, com instalações também projetadas e construídas seguindo os moldes de sustentabilidade e design da cidade.

Até 2025 toda a estrutura deverá estar operacional, quando a cidade contará com uma população de quase 50 mil pessoas, entre estudantes, professores, engenheiros, prestadores de serviço e etc.


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Jardim Vertical


O jardim vertical é uma ótima ideia para quem não tem espaço e quer um local de relaxamento e purificação do ambiente. Em geral, estes jardins visam uma melhor qualidade de vida para quem usufrui deles e reduzem a temperatura do ambiente em 14%. Em um mundo como o de hoje, lotado de carros liberando monóxido de carbono aos montes, os jardins verticais são uma grande alternativa de diminuir a poluição presente nas grandes cidades. Além de apresentarem uma característica que ajuda o meio ambiente, os jardins dão uma outra cara ao local, deixando-o com um aspecto muito mais sofisticado.
Selecionamos algumas imagens, inspire-se:









segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Influência da Arquitetura Alemã no Brasil



Em diversas localidades do Brasil, mas em especial na Região Sul, são evidentes as marcas dos imigrantes alemães. O estado de Santa Catarina é considerado o mais alemão do Brasil. Aproximadamente 20% da sua população é de ascendência alemã, a maior porcentagem dentre os estados brasileiros. As cidades do interior do estado ainda preservam a arquitetura germânica das casas, bem como a língua alemã e festas populares, como a Oktoberfest, são marcas fortes da imigração alemã no Sul do Brasil.

A arquitetura enxaimel, um dos traços mais visíveis da colonização, é marca registrada de diversas cidades catarinenses e gaúchas. Esse tipo de construção caracteriza-se por seus grandes telhados e pela madeira aparente na fachada. Além de fortes, as casas eram baratas e de construção simples, mas para adaptar a técnica construtiva ao clima local, foi necessária a implantação, por conta da elevada umidade, de uma estrutura feita de pedra que sustenta as construções evitando que a madeira molhe.



Enxaimel quer dizer enchimento. Primeiro, era construído o esqueleto da casa, todo de toras grossas de madeira. Entre as vigas verticais eram colocadas as horizontais e, nas extremidades das paredes, algumas em ângulo, para evitar inclinação. Pronta a “caixa”, os espaços eram completados com materiais disponíveis de acordo com a região: no Rio Grande do Sul, há fechamentos com taipa, barro socado, tijolos maciços rebocados e até mesmo pedra grês cortada; em Santa Catarina, há maior ocorrência de tijolos maciços sem uso de reboco.

O Vale do Itajaí e o Norte do estado de Santa Catarina têm uma das maiores concentrações deste modo construtivo na América. Os municípios de Indaial, Blumenau, Joinville, São Bento do Sul, Timbó e Pomerode têm número significativo de enxaiméis.

No Paraná essa técnica é encontrada na localidade de Marechal Cândido Rondon, a cidade mais alemã do Paraná e em áreas preservadas na região de Curitiba além de pequenas casas rurais em localidades isoladas no norte do Paraná,como em Rolândia, Cambé e Warta (distrito de Londrina).

No Rio Grande do Sul, se destacam os municípios emancipados da antiga colônia alemã de São Leopoldo (Ivoti, Dois Irmãos, Picada Café, Santa Maria do Herval, Morro Reuter, Linha Nova), a região do alto Taquari (Teutônia, Imigrante, Colinas) e ainda algumas localidades rurais de Nova Petrópolis e Gramado.

Em São Paulo encontra-se em algumas casas de bairros tipicamente alemães, como Santo Amaro e Bresser. É muito frequente nas cidades de Campos do Jordão e Holambra, e há também em regiões mais isoladas e preservadas do interior do estado.

sábado, 12 de agosto de 2017

A importância da orientação solar no projeto de arquitetura



Na hora de construir uma casa, analisar a posição solar pode ser fundamental para um melhor conforto térmico. Por isso, é necessário planejar e pensar cuidadosamente na questão das orientações solares. De modo geral, para quem vive no Hemisfério Sul, pode-se dizer que a orientação Norte é a que atende, de maneira mais satisfatória, às principais demandas da maioria dos usuários.
Existe um nível mínimo de insolação diária: sol quando se precisa de calor no inverno, e sombra quando não se quer calor no verão. Quanto mais para o Sul se vive, mais válido é esse conceito. Isso se deve à variação dos ângulos que o sol forma com a superfície da Terra em seu movimento aparente, nas diferentes épocas do ano.

No inverno, o sol forma um ângulo pequeno em relação à superfície da Terra. Sendo assim, as fachadas voltadas para o Norte ficam banhadas de sol durante quase o dia todo. Os cômodos com a face para o Norte têm sol das 9h às 15h, aproximadamente. Isto evita o sol de fim de tarde, proporcionando mais conforto térmico aos dormitórios durante a noite.  Isso porque o ângulo que o sol forma com a superfície da Terra durante o verão é maior. Portanto, ao meio-dia, o sol está a pino, incidindo com força nas coberturas dos edifícios.
A orientação Sul costuma ser problemática, pois não recebe sol durante o inverno e, no verão, os raios incidem somente nas primeiras horas da manhã e nas últimas horas da tarde. Escolha voltar para essa direção apenas cômodos secundários ou de permanência transitória, como escadas, depósitos, garagem, entre outros. Deve-se dar uma atenção especial aos problemas que podem ser causados pela falta de luminosidade nesses ambientes, como umidade e mofo.



Por sua vez, a orientação Sudeste pode ser boa para áreas de serviço. Por último, as orientações Leste e Oeste apresentam características parecidas em relação à incidência dos raios solares, mas em horários diferentes do dia. As fachadas voltadas para o Leste recebem sol pela manhã. Já nas fachadas direcionadas para o Oeste, o sol bate à tarde. Ambientes voltados para o Oeste, no entanto, costumam ser mais quentes, já que o sol da tarde é mais intenso e deixa o imóvel com temperaturas mais altas à noite.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Como construir um telhado verde



Um telhado verde é uma alternativa viável e sustentável perante os telhados e lajes tradicionais, porque facilita o gerenciamento de grandes cargas de águas pluviais,apresenta melhoria térmica, serviços ambientais e novas áreas de lazer. Em ambientes extremamente artificiais como o urbano, promovem o reequilíbrio ambiental, trazendo os benefícios da vegetação para a saúde pública e a biodiversidade, quando utilizado plantas nativas do local. Às vezes, telhados verdes contam com painéis solares que reduzem o consumo de energia elétrica.
Além de reduzir o calor, em regiões quentes, as coberturas verdes diminuem consideravelmente o consumo de energia com o uso de ar-condicionado. Tanto a instalação quanto a manutenção são simples. Não é preciso fazer nenhum reforço na construção, pois o peso da estrutura toda instalada é bem menor do que uma laje deve suportar segundo as regras brasileiras. A manutenção é idêntica à de um jardim.Corta-se a grama, tiram-se as ervas daninhas, e não é preciso se preocupar muito com irrigação, pois o telhado acumula água. Usar plantas típicas da região é uma maneira de devolver à natureza o que dela foi tirado pelas edificações. Com imaginação, é possível fazer todo um projeto paisagístico no teto de casa.



Vantagens do telhado verde:
- Criação de novas áreas verdes, principalmente em regiões de alta urbanização;
- Diminuição da poluição ambiental;
- Ampliação do conforto acústico no edifício que recebe o telhado verde;
- Melhorias nas condições térmicas internas do edifício;
- Aumento da umidade relativa do ar nas áreas próximas ao telhado verde;
- Melhora o aspecto visual, através do paisagismo, da edificação.

Desvantagens do telhado verde:
- Custo de implantação do sistema e sua devida manutenção;
- Caso o sistema não seja aplicado de forma correta, pode gerar infiltração de água e umidade dentro do edifício.

A obra exige a instalação de uma estrutura específica na cobertura da casa – se o telhado for simplesmente uma laje, é preciso impermeabilizá-la; se for feito de telhas de cerâmica, é preciso retirá-las e colocar placas de compensado que servirão de base para a cobertura vegetal. Ali serão colocados a terra e o adubo para o crescimento das plantas. Mantas onduladas, para impedir que o substrato escorra, de impermeabilização, para evitar infiltrações na casa, dutos de irrigação e drenagem também fazem parte do projeto de um telhado verde, que ajuda a reduzir o barulho dentro de casa e a manter a temperatura constante.

Para obter um telhado verde, quase sempre é necessário investir uma quantia nem sempre disponível nos bolsos da maioria das pessoas, por isso sempre podemos contar com a criatividade e a intuição.  Dedicando algum tempo às pesquisas na internet, encontramos esse passo a passo que pode ser muito útil às mentes criativas que estão lendo esse artigo agora.



Passo 1.
Faça a definição de medidas da área onde será construído o telhado verde, e realize a impermeabilização corretamente com lona ou manta asfáltica, para lajes é preciso reforçar a impermeabilização com manta PEAD.

Passo 2.
Você vai precisar de uma manta de bidin, essa manta serve para filtrar a água evitando que as partículas de areia, terra ou as raízes se soltem e sejam despejadas nas tubulações de queda de água da chuva. A manta deve ser estendida sobre a superfície impermeabilizada.

Passo 3.
Sobre a manta utiliza-se argila expandida que é um bom substrato por ser leve e eficaz. A camada da argila expandida serve para impedir o apodrecimento de raízes da espécie cultivada e também facilita o escoamento de água que recebe durante as chuvas. Além disso, a argila contribui para manter a última camada da cobertura bem arejada.

Passo 4.
Utiliza-se uma nova camada de manta de bidin por cima da argila expandida, isso impedirá que a argila se misture à terra de cultivo. É um processo importante,portanto,não pode deixar de ser realizado, caso contrário aos poucos a terra, areia e todo o telhado verde vão acabar indo por água abaixo.

Passo 5.
Agora é necessário colocar uma camada de até 10 cm de terra. É indicado utilizar uma terra bem enriquecida com adubos orgânicos, a adubação pode variar conforme a espécie de cultivo.

Passo 6.
Por último, posicione ou plante as espécies de cultivo, para os telhados verdes são indicados espécies com baixo índice de crescimento, que não exijam poda. Verifique qual a resistência quanto à exposição ao sol e chuva e instale rufos metálicos para evitar infiltrações.

Atenção!
Para regiões que ocorrem muitas chuvas é necessário fazer a rega geralmente de 6 em 6 meses, ou apenas quando houver estiagem e verificar-se a necessidade. As espécies cultivadas podem ser gramas (de tipos variados), suculentas e rasteiras. Há outras espécies que podem ser cultivadas mas é preciso avaliar toda a estrutura da edificação, o tamanho do telhado verde e também a variação térmica do local. A manutenção do telhado verde é parecida com a de um jardim comum e deve ser realizada de 1 à 2 vezes no ano.

Arquitetura Européia



Como o berço dos movimentos artísticos e literários, a Europa tem baseado sua arquitetura principalmente em contextos religiosos, com uma forte ascensão da Igreja Católica, que é vista como a protagonista da Arquitetura Europeia, a partir de um pensamento que essas construções deveriam ser um “palco divino”.

A Arquitetura da Europa está diretamente ligada à sua história, que compreende temas subjacentes como Arquitetura da Idade Média,  Arquitetura da Renascença, Arquitetura Barroca, entre outros.

Na Arquitetura Medieval, está presente a maior influência da Igreja, no qual os edifícios eram compostos por paredes espessas e maciças que refletiam toda a insegurança causada pelas guerras e invasões que ainda tomavam a Europa. As igrejas contavam com uma ornamentação mínima dominada por linhas de sentido horizontal. Além disso, as construções contavam com poucas janelas, geralmente produzidas por arcos semicirculares. Usualmente chamado de românico, esse tipo de construção predominou na Europa até o século XII. Após este período, surge o estilo gótico nos centros urbanos europeus. A construção tinha um aspecto mais leve, com uso de enormes janelas com vitrais multicoloridos.




Já a Arquitetura Renascentista é caracterizada pelo resgate da Antiguidade Clássica e com marcas da distribuição espacial matemática das edificações, pois estão dispostas de modo que as pessoas entendam a lei que as regem e estruturam. Este estilo tem como base medidas em relação ao homem, assim como a Arquitetura Grega, em que o homem é a medida de todas as coisas. Enquanto que a Arqutetura Romana busca mais a monumentalidade do que a escala humana. O estilo Renascentista procurava associar a visão do mundo cristão com este universo considerado pagão pela Igreja Católica.

A Arquitetura Barroca está diretamente ligada  à Contra-Reforma, um movimento dentro da Igreja Católica que buscava modificar-se em resposta à Reforma Protestante  A Arquitetura Barroca e seus enfeites eram por um lado mais acessíveis para as emoções e, por outro lado, uma declaração visível da riqueza e do poder da Igreja. O novo estilo manifestou-se, em particular, no contexto das novas ordens religiosas, como os Teatinos e os Jesuítas que visavam melhorar a piedade popular. O barroco conseguiu no urbanismo algo até então pouco comum, a composição urbanística rigorosa com confluência das ruas para praças, pontes como ponto de observação da cidade, um local muito bem definido e com uma carga alegórica e simbólica muito grande e a ideia de cidade capital, ou seja, uma cidade administrativa.


terça-feira, 8 de agosto de 2017

Arquitetura Sustentável


Muitos arquitetos consideram a integração com a paisagem um dos primeiros princípios das construções sustentáveis. Haruyoshi Ono define paisagismo como: “Arte e ciência de criar e planejar a paisagem dos espaços habitados ou modificados pelo homem.” Refere-se o autor à Arquitetura Paisagística Cultural, isto é, a paisagem com a interferência do homem. Ler uma paisagem é temporal. Hoje em dia, tudo o que o homem vê e admira numa paisagem, o homem pré-histórico já fez, pois ele instalou-se e fixou-se numa determinada paisagem e ali ele criou o seu espaço.
Entendemos como arquitetura sustentável a criação de uma harmonia entre a obra final, o seu processo de construção e o meio ambiente. Pretendendo evitar em cada um dos passos agressões desnecessárias para o ambiente, otimizando processos de construção, reduzindo os resíduos resultantes e diminuindo os consumos energéticos do edifício. Tendo ainda como objetivo que a construção atinja um nível de conforto térmico e de qualidade do ar adequado, reduzindo assim, a necessidade da utilização de sistemas de ventilação ou aquecimento artificiais.

O arquiteto Nelson Dupré, que tem obra certificada pelo selo AQUA (Alta Qualidade Ambiental), da Fundação Vanzolini, sugere alguns caminhos para articular harmoniosamente o diálogo entre a arquitetura e a paisagem.
• O projeto deve avaliar o local onde será inserido e levar em consideração as características já existentes: o ambiente construído, a paisagem natural e o clima.
• Sistemas construtivos, materiais e procedimentos serão determinantes para integrar ou realçar o novo elemento no território.
• Em áreas rurais, onde a natureza geralmente é mais preservada, o desenho pode tornar-se uma ferramenta de valorização da paisagem.
• Já em centros urbanos, uma arquitetura de traços fortes, que se destaque, permite revitalizar o lugar.
• O projeto deve avaliar o local onde será inserido e levar em consideração as características já existentes: o ambiente construído, a paisagem natural e o clima.
• Sistemas construtivos, materiais e procedimentos serão determinantes para integrar ou realçar o novo elemento no território.
• Em áreas rurais, onde a natureza geralmente é mais preservada, o desenho pode tornar-se uma ferramenta de valorização da paisagem.
• Já em centros urbanos, uma arquitetura de traços fortes, que se destaque, permite revitalizar o lugar.